Noam Chomsky é um linguista, filósofo, cientista cognitivo, comentador e activista político norte-americano, reverenciado no âmbito académico como “o pai da linguística moderna“, e também é uma das mais reputadas figuras no campo da filosofia analítica. (Fonte)

Um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-las pela força usando os cassetetes. Mas quando não pode controlar as pessoas pela força, tem que controlar o que as pessoas pensam, e a forma típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação do consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia” (Chomsky, N., 1993)

Inspirado nas ideias de Noam Chomsky, o francês Sylvain Timsit elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação das massas através dos meios de comunicação social convencionais“.

Sylvain Timsit enumera as estratégias utilizadas diariamente há dezenas de anos para manipular as massas, criar um senso comum e conseguir fazer com que a população aja em conformidade com os interesses de uma pequena elite mundial.

Qualquer semelhança com a situação actual não é mera coincidência, visto que os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas elites e praticam incansavelmente várias dessas estratégias para manipular diariamente as massas, até chegar ao ponto em que você realmente acredita que o pensamento é seu.

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1. A Estratégia da Distracção

O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distracção, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio, a inundação com contínuas distrações e informações insignificantes.

A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar por conhecimentos essenciais nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética.

Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativa de temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à quinta como os outros animais

2. Criar problemas e depois oferecer as soluções

Este método também é chamado de “problema-reacção-solução“. Criar um problema, uma “situação” prevista para causar uma certa reação no público, para que este se torne o mandatário das medidas que se deseje implementar.

Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, para que o público peça mais leis de segurança e políticas desfavoráveis à Liberdade.

Ou também: Criar uma crise económica para fazer com que se aceite como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (qualquer semelhança com a actual situação do não é mera coincidência).

Este artigo PORQUE É QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CONVENCIONAIS ESCONDEM DE SI AS BOAS NOTÍCIAS retrata bem porque é que o foco nos problemas é interessante para os grandes meios de comunicação social.

3. A Estratégia da Gradualidade

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, ao longo de anos consecutivos. Foi dessa forma que as condições socio-económicas radicalmente novas, o neoliberalismo por exemplo, foi imposto durante as décadas de 1980 e 1990. Estratégia essa também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas.  É vulgarmente utilizada pelos grandes meios de comunicação.

4. A Estratégia de Divergir

Outra forma de se fazer aceitar uma decisão impopular é a apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.

É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregue imediatamente.

Depois porque o público, as massas, têm sempre a tendência de esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5. Dirigir-se ao público como crianças

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entoações particularmente infantis, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou mentalmente incapacitada.

Quanto mais se tenta enganar o espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante.

Porquê?

“Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos então, por força da sugestionabilidade, ela tenderá com certa probabilidade a dar uma resposta ou reação também desprovida de sentido crítico, como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade”

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e consequentemente no sentido crítico dos indivíduos.

Por outro lado, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injectar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controlo e para a sua escravidão.

A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade

Promover junto do público que é moda ser estúpido, vulgar e inculto.

9. Reforçar a auto-culpabilidade

Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado da sua própria desgraça, por não ser suficientemente inteligente, não ter as capacidades necessárias, ou não se esforçar o suficiente.

Assim, em vez de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo autodesvaloriza-se e culpabiliza-se, o que gera um estado depressivo, em que um dos efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há questionamento!

10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem

Ao longo dos últimos 50 anos, os avanços acelerados na ciência têm gerado um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.

Graças à biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto na sua forma física como psicológica.

O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controlo e um poder maior  sobre os indivíduos, maior do que aquele que os indivíduos têm sobre si mesmos.

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Nós no Yogui.co acreditamos que para se manter desperto e apto a tomar decisões sem sermos manobrados devemos conhecer-nos bem a nós próprios, e o caminho mais profundo para o auto-conhecimento é através da meditação (nosso ver). A simples tarefa de olharmos internamente para cada nuance do nosso ser e questionar cada célula, cada pensamento, é o caminho essencial para quem deseja despertar de toda esta manipulação que foi pensada e planeada para manter-nos  dispersos.

Traduzido para Português Europeu a partir da fonte original: http://yogui.co/10-estrategias-de-manipulacao-em-massa-utilizadas-diariamente-contra-voce/

Fonte original: http://www.elblogdegerman.com/2011/02/11/las-10-estrategias-de-manipulacion-mediatica-noam-chomsky/

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2 COMENTÁRIOS

  1. O texto apresentado NÃO é de Noam Chomsky. Muito menos há provas de que Sylvain Timsit tenha escrito baseado no linguista. Veja no texto de Timsit e mostre em que momento ele cita Chomsky (http://www.syti.net/Manipulations.html). Em NENHUM momento.

    O que acontece é que algum espertinho pegou o texto, viu que algumas ideias eram parecidas com as de Chomsky e atribuiu erroneamente ao linguista para atrair mais audiência.

    A comprovação de falsidade na atribuição de autoria veio quando o físico belga Jean Bricmont (que, junto com o matemático americano Alan Sokal, é autor do livro “Impostures Intellectuelles”) perguntou ao próprio Chomsky se o texto era dele:
    http://www.legrandsoir.info/a-propos-des-dix-strategies-de-manipulation-de-masses-attribue-a-noam-chomsky.html

    Tradução:

    A propósito das “dez estratégias de manipulação de massa”, atribuída a Noam Chomsky

    Um texto intitulado “As dez estratégias de manipulação de massas” (http://web.archive.org/web/20101002104318/http://www.pressenza.com/npermalink/les-dix-strategies-de-manipulation-de-masses ) atribuído a Noam Chomsky circula amplamente na net nestes últimos dias . Já se vê, igualmente, na “grande” imprensa, em resposta a este texto, críticas a Chomsky como “adepto da teoria da conspiração”

    O 10º princípio reflecte bem os fantasmas, frequentes na extrema esquerda, sobre o conhecimento que o “sistema” teria do indivíduo médio graças “à biologia, a neurobiologia e a psicologia aplicada”, o que é muito diferente do que pensa Chomsky, o qual sabe que o conhecimento (verdadeiramente) científico do ser humano é extremamente limitado.

    Como este texto me parecia ser uma simplificação e uma deformação do seu pensamento, e como não encontrei o seu equivalente em inglês, perguntei-lhe para tirar a limpo. Eis a sua resposta: “Não tenho nenhuma ideia de onde surge isso. Não fiz esta compilação, não a escrevi, não a coloquei na web. Suponho que aquele que o fez poderia pretender que são interpretações daquilo que escrevi aqui e ali mas certamente não sob esta forma nem como lista”.

    O êxito aparente deste texto ilustra bem a má compreensão do pensamento de Chomsky acerca da “manipulação”, tanto parte de alguns dos seus partidários como dos seus adversário. Ele e Ed Herman, co-autores de A fabricação do consentimento nunca sugerem que há em algum lugar uma organização escondida que “manipula as massas”. Eles mostram que existe um certo número de filtros, ligados à propriedade privada dos media, à necessidade da publicidade, à acção de grupos de influência, etc, que têm como resultado que a visão do mundo veiculada pelos media seja extremamente enviesada, mas tudo isso funciona um pouco como a ideologia em Marx, um processo sem sujeito.

    Curiosamente, é de certa forma confortante pensar que existem manipuladores conscientes que, porque o dirigem, pelo menos sabem para onde vai o mundo. Infelizmente, há certamente relações de poder, mentiras e viéses ideológicos, mas não há piloto no avião. (Tradução de http://resistir.info/varios/bricmont_11out10.html)

    • Entendo que o autor do texto possa ter usurpado e extrapolado de forma inviesada a proposta de Chomsky mas isso só por si não invalida a mensagem… era preciso provar que a mensagem deste autor (mesmo tendo usurpado e descontextualizado ideias de outro) não batem certo com as evidências que observamos diariamente no mundo em redor… Quanto à ideia de haver ou não piloto (ou uma cadeia centralizada de comando) basta questionarmos como poderiam estas estratégias de manipulação terem sido implementadas de forma coerente, persistente, consistente e transgeracional em TODAS nações ao longo dos últimos milhares de anos sem uma hierarquia de comando, um alcance global e um sistema de crenças transversal ao todos os grupos envolvidos…

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