De acordo com o Fundo Monetário Internacional a dívida global cresceu para o incrível total de 152 triliões de dólares. Outras estimativas colocam esse valor mais perto dos 200 triliões de dólares, mas para o propósito deste artigo vamos usar o número mais conservador. Se você pegar em 152 triliões de dólares e dividi-los pelos sete biliões de pessoas que vivem no planeta, você obtém 21.714 dólares, e que seria a parcela dessa dívida para cada homem, mulher e criança no mundo se fosse dividida igualmente.

Portanto, se você tem uma família de quatro membros, a parcela da sua família na dívida global seria de 86.856 dólares.

Muito poucas famílias poderiam passar um cheque desse valor nos dias de hoje, e nós igualmente devemos recordar que nós vivemos em algumas das zonas mais ricas do globo. Considerando o facto de que mais de 3 biliões de pessoas por todo o mundo vivem com dois dólares por dia ou menos, a verdade é que cerca de metade do planeta não seria capaz de contribuir para o reembolso da nossa dívida de 152 triliões de dólares. Portanto, eles provavelmente devem ser excluídos desses cálculos inteiramente, e isso significaria que a parcela da sua família da dívida seria, em última instância muito, muito maior.

É claro que o reembolso da dívida global nunca será realmente repartido pela família. A razão pela qual eu estou a partilhar este exemplo é para mostrar que é literalmente impossível reembolsar toda essa dívida.

Estamos a viver a maior bolha de dívida da história do mundo e os nossos engenheiros financeiros têm de continuar à procura de formas de a manter a crescer muito mais rápido do que o PIB global porque, se parar de crescer, irá estoirar e destruir todo o sistema da economia global.

Bill Gross, uma das mentes financeiras mais respeitadas em todo o planeta, notou recentemente que o “nosso sistema financeiro altamente alavancado é como um camião de nitroglicerina numa estrada acidentada”.

E ele está totalmente correto. Tudo pode parecer que funciona durante algum tempo, mas um dia vamos embater no sítio errado à hora errada e tudo vai REBENTAR.

A crise financeira de 2008 representou uma oportunidade de aprendermos com os nossos erros mas, em vez disso, acabámos por passar por cima dos nossos erros e elevamos a máquina de criação de dívida global até níveis nunca antes vistos. Aqui está mais de Bill Gross

A minha lição continuou mas o ponto crucial foi quando, em 2017, a economia global criou mais crédito em relação ao PIB do que no início do desastre de 2008. Nos EUA, o crédito de 65 triliões é de aproximadamente 350% do PIB anual e esta relação está a aumentar. Na China, a proporção mais do que duplicou na última década para quase 300%. Desde 2007 a China adicionou mais 24 triliões de dívida ao seu balanço colectivo. No mesmo período, os EUA e a Europa apenas adicionaram 12 triliões cada. O capitalismo, com seu sistema bancário adoptado de reservas fracionárias, depende da expansão do crédito e da impressão de reservas adicionais pelos bancos centrais, que por sua vez são re-emprestados pelos bancos privados para serem criadas pizzarias, celulares (telemóveis) e uma miríade de outros produtos e empresas. Mas a criação de crédito tem limites e o custo do crédito (taxas de juros) devem ser cuidadosamente monitorizados para que os mutuários (o subprime) possam pagar os custos de manutenção mensal. Se as taxas forem demasiado elevadas (e o crédito como uma % do PIB demasiado elevado também), então os cisnes pretos do género da Lehman podem ocorrer. Por outro lado, se as taxas são muito baixas (e o crédito em % do PIB diminui), então o sistema se decompõe, uma vez que os aforradores, os fundos de pensões e as companhias de seguros tornam-se incapazes de obter uma taxa de retorno para cumprirem e se manterem a par dos seus passivos.

Há sempre um preço a ser pago pelo endividamento. É um mistério para mim que tantos americanos pareçam não entender este princípio muito básico.

A nível individual, você poderia até viver como Trump (pelo menos durante algum tempo), obtendo uma grande quantidade de cartões de crédito e gastar todos os plafonds disponíveis.

Mas, eventualmente, o dia do acerto de contas chegaria.

A mesma coisa acontece a nível nacional. Nos últimos anos temos visto exemplos na Grécia, Chipre, Zimbábue, Venezuela e outras nações europeias.

Aqui nos Estados Unidos, mais de 9 triliões de dólares foram adicionados à dívida nacional durante os anos de Obama. Se nós não tivéssemos adiado o pagamento desses 9 triliões de dólares de consumo para o presente, estaríamos certamente no meio de uma depressão económica épica agora.

Em vez vivermos a dor a curto prazo, nós vendemos as gerações futuras de americanos como escravos da dívida e, se eles tiverem essa possibilidade, algum dia eles vão olhar para trás e amaldiçoar-nos pelo que lhes fizemos.

Muitos acreditam que Donald Trump pode tornar as condições económicas a curto prazo ainda melhores do que durante o período de Obama, mas como é que raio ele irá fazer isso?

Ele vai pedir mais 9 triliões de dólares emprestados?

Um grande teste está a chegar. Há algum tempo atrás Barack Obama e o Congresso republicano conspiraram para suspenderem o teto da dívida até 15 de março de 2017, e esta semana vamos atingir essa data limite.

O Tesouro dos Estados Unidos poderá implementar “medidas de emergência” durante algum tempo mas, se o teto da dívida não for aumentado, o governo dos EUA não poderá emprestar mais dinheiro e ficará sem dinheiro muito rapidamente. O seguinte vem de David Stockman

O Tesouro provavelmente estará sem dinheiro logo após o Memorial Day. Ou seja, a Casa Branca vai estar na mãe de todas as batalhas do teto de dívida antes do Donald e a sua equipa o percebam.

Com apenas 66 biliões na mão, agora ele vai ficar sem dinheiro antes mesmo da sangrenta batalha sobre o Obamacare agora em andamento na Câmara ser concluída. Isso significa que não haverá nem sequer um vislumbre de esperança para o estímulo cativante de corte nos impostos de Trump e para a recuperação económica, no horizonte.

Vai ser muito difícil para Trump encontrar os votos para aumentar o teto da dívida. Depois de tudo o que aconteceu, muito poucos democratas estão dispostos a ajudar Trump com qualquer coisa, e muitos republicanos estão absolutamente contra a subida do teto da dívida, sem grandes cortes nas despesas.

Então vamos ver o que acontece.

Se o teto da dívida não for aumentado isso quase certamente significará que uma grande crise política e uma grave crise económica estão iminentes.

Mas se o teto da dívida for aumentado, isso significará que Donald Trump e os republicanos no Congresso estão dispostos a ser cúmplices na destruição do futuro económico a longo prazo deste país.

Quando você se endivida existem consequências.

E, quando a maior bolha da dívida na história humana finalmente explodir, as consequências serão extremamente severas.

O melhor que os nossos líderes podem fazer, por agora, é manter a bolha viva por tanto tempo quanto possível, porque aquilo que virá depois da bolha rebentar será absolutamente impensável.

Fonte: http://theeconomiccollapseblog.com/archives/21714-for-every-man-woman-and-child-in-the-world-this-global-debt-bomb-is-ready-to-explode

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