Esta imagem do espaço profundo colorida, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble foi lançado pela NASA em 2014. O que é surpreendente nesta imagem é que ela representa uma parcela muito pequena do céu, mas mostra cerca de 10.000 galáxias, cada uma delas composta por biliões de estrelas.

“Nós verdadeiramente sabemos que todas as estrelas no céu são anfitriãs de pelo menos um planeta”, diz o astrónomo Adam Frank.

A possibilidade de que os terráqueos não estejam realmente sozinhos no Universo ganhou alguma credibilidade, acrescentou, graças a um novo estudo que coincide com as recentes descobertas planetárias da NASA. A pesquisa, publicada na revista Astrobiology, na semana passada, sugere que mais planetas na Via Láctea podem abrigar civilizações avançadas do que anteriormente imaginavamos.

O estudo co-autorado por Adam Frank e Woodruff Sullivan olhou para as recentes descobertas de exoplanetas potencialmente habitáveis, e calcularam as hipóteses de existirem civilizações sofisticadas neles, no passado ou no presente.

“O que nós mostramos foi o tecto de probabilidade de uma civilização se formar, em qualquer planeta escolhido aleatoriamente” afirmou Frank, professor de física e astronomia da Universidade de Rochester, e disse também ao The Huffington Post num email: “Se nós formos a única civilização na história cósmica, o que o que nós calculamos depois foi a probabilidade real que a natureza definiu. Mas se a probabilidade real for maior do que o tecto, então as civilizações poderão já ter existido antes. 

Frank afirma que o número potencial dos planetas que orbitam as suas estrelas-mãe a uma distância habitável é impressionante.

“Mesmo se você for muito pessimista e achar que tem de pesquisar através de 100 biliões (zona habitável) de planetas até encontrar aquele em tem uma civilização desenvolvida, então ainda deverão ter existido antes um trilião de civilizações ao longo da história cósmica!”, escreveu Frank. “Quando eu penso sobre isso, a minha mente não pára – mesmo se houver apenas 1 em 100 biliões de hipóteses da evolução criar exo-civilizações, o Universo ainda produz tantas que nós acabaremos inundados por histórias além da nossa própria.

NASA / W. STENZEL Descrição de artista das descobertas planetárias feitas pela sonda Kepler da NASA, que procura planetas semelhantes ao da Terra. O telescópio Kepler descobriu e cientificamente validou milhares de planetas desde que foi lançado em 2009.

Em 1961, o astrónomo Frank Drake – fundador do Instituto SETI (SETI significa “Search for Extraterrestrial Intelligence”) – inventou o que hoje é conhecido como a “equação de Drake”, para estimar o número de planetas que podem ser o lar de civilizações com a capacidade de se comunicarem para além do seu mundo.

Frank and Sullivan criaram uma nova equação que aparece na parte inferior da imagem abaixo. Embora a equação de Drake calcule o número de civilizações alienígenas avançadas que poderiam existir na Via Láctea, a equação de Frank e Sullivan amplia a questão para calcular o número de civilizações avançadas que já existem na nossa galáxia ao longo de toda a história do Universo.

Universidade de Rochester. Duas equações consideram as possibilidades de civilizações alienígenas tecnológicas na Via Láctea: No topo, a equação de 1961 Drake e, por baixo, a equação mais recente de Adam Frank e Woodruff Sullivan.

Os factores variáveis que Drake e outros consideram ao tentar chegar aos números sobre mundos ET habitados incluem:

  • A taxa de formação de estrelas com planetas adequados à vida inteligente.
  • O número dessas estrelas que têm sistemas planetários.
  • O número desses planetas que podem ter ambientes que sustentem a vida.
  • O número desses planetas onde a vida se desenvolve.
  • Quantos desses planetas produzem vida inteligente.
  • Quantas dessas formas de vida inteligente poderiam produzir tecnologias, tais como sinais de rádio.

No seu estudo de Astrobiologia, Frank e Sullivan escreveram:

“Os recentes avanços nos estudos de exoplanetas fornecem fortes restrições sobre todos os termos astrofísicos na equação de Drake. Fixamos um limite inferior firme na probabilidade de que uma ou mais espécies tecnológicas evoluíram em qualquer lugar e em qualquer momento na história do Universo observável.”

Os dois cientistas abordaram aquilo a que eles se referem como “a frequência cósmica das espécies tecnológicas”.

“O Universo tem mais de 13 biliões de anos”, Sullivan, do departamento de astronomia e do programa de astrobiologia da Universidade de Washington, disse num comunicado. “Isso significa que, mesmo que tenham havido 1.000 civilizações na nossa própria galáxia, se elas existiram apenas no mesmo período que nós – cerca de 10 mil anos – posteriormente todas elas estarão já provavelmente extintas. E outras não vão evoluir senão após nós deixarmos de existir.”

“Para nós termos mais hipóteses de encontrar uma outra civilização tecnológica activa e ‘contemporânea’, em média, elas deverão durar muito mais tempo do que a nossa vida actual”, disse Sullivan.

A busca por sinais extraterrestres está em curso há décadas.

“Com tantas estrelas e planetas a preencher o cosmos, confunde a mente pensar que somos a única vida inteligente que surgiu” disse o astrónomo sénior do Instituto SETI Institute Seth Shostak ao HuffPost num email. “Frank e Sullivan usaram uma nova pesquisa que indica que cerca de uma em cada cinco estrelas é orbitada por um planeta que poderia suster biologia. Depois disso, é só uma questão de se contar as estrelas no Universo visível e afirmar que com todos os “terrenos” adequadas para sustentar a vida que existem lá fora, se somos o único lugar com vida inteligente, então nós realmente ganhamos a mãe de todas as loterias.”

Shostak adverte contra a possibilidade de sermos excessivamente optimistas ou pessimistas sobre as pesquisas do Instituto SETI, na busca sinais inteligentes vindos de possíveis vizinhos do espaço exterior.

As hipósteses de que não haja ninguém lá fora são muito, muito pequenas. É um pouco como uma formiga que sai da sua colmeia, vendo a “enorme quantidade de terreno que se estende em todas as direções e decidir que a sua colmeia é a única que existe e, de seguida, a sua existência é quase um milagre. Ou, dito de outra forma, o cálculo por Frank and Sullivan quantifica declaração de Jodie Foster no [filme] ‘Contacto’ de que, se não existisse ninguém lá fora, isso seria um “desperdício de espaço”, afirmou Shostak.

“Com todos os ambientes adequados que existem lá fora, se somos o único lugar com vida inteligente, então nós realmente ganhamos a mãe de todas as loterias”. Afirmou Seth Shostak, astrónomo sénior do instituto SETI

Os cientistas em busca de seres extraterrestres – e sim, para esses seres, nós seríamos alienígenas – são como arqueólogos a vasculhar um vasto espaço de tesouros e informações para aprender mais sobre a história da nossa espécie.

“Eu amo a noção da questão arqueológica cósmica. Eu acho que isso cria uma nova e importante vaga sobre a questão sobre a origem da inteligência de comunicação tecnológica”. Penelope J. Boston, directora prestes a entrar em funções no Instituto de Astrobiologia da NASA no Ames Research Center, disse ao HuffPost.

“Nós só temos estado à procura de outras inteligências desde há algumas décadas numa galáxia de proporções incomensuráveis”, afirmou Boston. “É claro que não encontramos ninguém ainda. Eu acho que é infantil imaginar que devemos de alguma forma começar a procurar e, bingo lá estão eles! Tenho dificuldade em encontrar a minha lente de contacto que caiu na relva. Devo então não acreditar na realidade da minha lente de contacto? “

Apesar dos cientistas há muito tempo se perguntarem se existem outros planetas a orbitar estrelas na Via Láctea e noutros lugares, só foi no início de 1990 que o primeiro mundo extra-solar foi confirmado.

“A existência de planetas que orbitam outras estrelas para além do sol é uma questão com 2.500 anos de idade e que foi totalmente respondida ao longo dos últimos 20 anos”, disse Frank. “Sabemos agora que todas as estrelas no céu noturno têm pelo menos um planeta a orbita-lo, e muitos deles estão no lugar certo para a vida prosperar.”

“Daqui a dez mil anos, ninguém se vai lembrar de nada sobre a nossa era, excepto que foi quando descobrimos esta única e profunda verdade: Nós vivemos num cosmos de planetas”.

Fonte: http://www.huffingtonpost.com/entry/alien-civilizations-planets-study_us_57322800e4b096e9f092e60d

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